Este blog é destinado àqueles que necessitam de terapia psicológica pastoral: Pneumaterapia. Um trabalho realizado por alguém licenciado em Psicologia, com conhecimento não só da alma humana; mas, também, da Palavra de Deus e do espírito do homem. Juntos na sala de seu consultório o Rafael e o Espírito Santo de Deus trabalham a fim de trazer restauração no corpo, na alma e no espírito do indivíduo, levando-o a viver uma vida plena.



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Um Canteiro de Flores

Estava passeando pelo campo. Havia variadas espécies de flores.  Algumas chamativas, elegântes ao extremo. Conforme se caminha parece até  que estamos em outro mundo. As vezes pensamos mesmo estarmos em outro mundo! Tudo é belo! Tudo é música! Por fim, andando pelos caminhos e atalhos deste campo, comecei a perceber que ele tinha muita identificação com tudo aquilo que já conhecemos deste nosso coração. Percebi qualidades de espinhos em suas variações. Havia muitas flores coloridas, exóticas, porém, espinhos, muitos espinhos! 
Então, peguei-me em lembranças diversas do tempo de escola quando éramos obrigados a ler poemas. Um deles me veio a mente: "Não há canteiros de flores sem espinhos e não há jardineiros de flores que não tenha suas mãos feridas pelos espinhos!"

Nossa, achamos que poesia não faz parte da vida. No entanto, a vida faz parte da poesia. Não nos cansamos em plantar e colher? Não nos cansamos em provar o fruto? O cheiro que se conhece é o supra sumo das experiências!

Não me contive e continuei a caminhar. Gostei de um canteiro de margaridas. Todas branquinhas. Tão branquinhas que nem dava para perceber o amarelo de seu interior. Era imenso o canteiro! Parecia que estava andando em pleno Céu. De repente uma ave passa rasante àquela propriedade de margaridas. Num ato impulsivo me joguei ao chão. Amassei um tanto de margaridas. Até me esqueci delas! Nestes momentos queremos mesmo é preservar nossa vida. Levantei-me  e olhei ao redor. Parecia tudo estar tranquilo novamente. Olhei ao redor e vi a marca de meu corpo naquele campo de flores: um rolo compressor passou por aqui? - pensei!  

Então, peguei-me a pensar sobre a vida. Por mais que estejamos em campos de flores, num jardim do Céu, sempre o perigo estará presente. Jamais imaginaria que aquelas aves pudessem aparecer e jamais me imaginaria destruindo aquelas flores celestiais. De repente sorri! Entendi que as pegadas não vistas no chão eram sentidas nos ares. Que o lugar de refúgio não são as flores. Que o chão não era duro demais para suportar meu peso. Que aquelas aves assistiam a tudo desde as alturas. Que a beleza de um campo não podem apagar o ódio. Que o homem ainda existe e coexiste com seu coração listrado. Que a zebra continua viva. Salve, salve os animais listrados. Todos ainda perguntam: "A zebra é um animal branco com listras pretas ou um animal preto com listras brancas?"  

Antes de ouvir a resposta uma porta se me abriu e voltei (...)  abri os olhos e acordei. Fui rapidamente ao espelho. Olhei fixamente. Não via nada. Continuei a olhar. Nada. Não desistia. Fiquei olhando e lembrei-me que um dia olhei para minha mão e vi uma marca de sangue. Num ímpeto fui puxado para dentro daquela palma de mão, a minha mão. Caminhei por dentro do corpo humano como se fora sangue no meio de sangue. Tudo era real! Eu estava mesmo dentro de uma veia. Mas era interessante, porque, ao mesmo tempo que estava e sentia-me dentro da veia, eu também podia ver o corpo com suas ligações, como se estivesse do lado de fora. Não entendi nada por anos e anos. Olhando para trás posso contabilizar: 28 anos se passaram!  É verdade que algumas vezes me lembrei desta visão. Nunca entendi! Acredito que o ministério Igreja Cristã Vida Plena e Na Sala Rafa + El - A Psicologia do Espírito Humano - é o cumprimento desta visão de 28 anos atrás. Eu mergulhei dentro de mim mesmo e conheci o meu interior. Hoje, procuro ensinar as pessoas, através destes dois ministérios que, na verdade são um, a entrar e percorrer as ruas dentro de si mesmos e conhecerem o inimaginável.

Li o título de um livro em uma banca de jornal:  "Longe, um lugar que não existe".  Anos depois descobri na Bíblia que Deus dizia que não era Deus de "longe" mas de "perto". Sorri com minha poesia e declarava a mim mesmo: "Richard Bach estava certo! Longe é um lugar que não existe!"  e continuei a pensar: existe algum lugar sem Deus? o Amor de Deus encontra-se restrito ou limitado a estar longe demais alguém? Uma música de um grupo cristão de Belo Horizonte dizia assim: " eu estava em cacos, quebrado e longe demais. Mas o amor de Deus me encontrou mesmo longe demais. Foi juntando cada pedacinho e me fez de novo!"  A letra da música não é exatamente como escrevi porque não me lembro mas a essência era esta.

Longe? Perto? Listrado? Margaridas? Homem? Mulher? Céu? Coração?

"O amor de Deus encheu meu coração. E, me fez ver quão longe dEle estava. Algo em mim sei que mudou nova criatura sou em Jesus... O amor de Deus encheu meu coração!" (Marluce S.M.C)

Abri os olhos porque parece que os havia fechado. Estava ainda diante do espelho. Fixei o olhar pois me via listrado como uma zebra. Agora não sabia se meu corpo era branco com listras pretas ou se era preto com listras brancas. Queria, por demais, enxergar-me branco. Eu era branco! Num piscar de olhos as listras voltavam. Busquei em meu coração um novo versículo Bíblico: "Andai neste mundo como se dele não fossem!"  Sorri uma vez mais e pedi a Deus para me ajudar a caminhar ao lado e concentrar meus olhos e coração naquilo que é bom, agradável e perfeito a seus olhos.

Abri a porta do quarto. Saí... agora estou aqui escrevendo para vocês uma experiência diante do espelho da vida:

Eu me vi
Tu me viste
Ele me viu
Nós nos vimos
Vós vos vistes
Eles me viram

Nenhum comentário:

Postar um comentário